“O Estado não pode se atrever a dirigir a cultura. O Estado é guardião das manifestações culturais”
( Fonte: http://sitedobareta.com.br/destaque/destaque1/%e2%80%9co-estado-nao-pode-se-atrever-a-dirigir-a-cultura-o-estado-e-guardiao-das-manifestacoes-culturais%e2%80%9d-14-09-2010/ )

Na ocasião foi apresentado ao candidato Déda, e aos demais, um
documento elaborado por diversos segmentos representativos da cultura no
Estado, indicando caminhos para a defesa da cultura sergipana. Trata-se
de um pacto que quer ver cada vez mais viva a cena cultural de Sergipe,
pretendendo fazer da cultura uma política pública envolvente e
consistente.
Marcelo Déda estava acompanhado a primeira dama Eliane Aquino; do
candidato a vice-governador, Jackson Barreto; dos candidatos ao Senado
Federal, Antônio Carlos Valadares e Eduardo Amorim; do prefeito de
Aracaju Edvaldo Nogueira (PCdoB); do presidente estadual do PT,
vice-prefeito de Aracaju e coordenador da campanha de Déda e de Dilma em
Sergipe, Silvio Santos; da secretária estadual de Cultura, Eloísa
Galdino; Indira Amaral, presidente da Fundação Aperipê; vários
candidatos proporcionais, além de representantes de diversos fóruns de
cultura do Estado.
O ato ‘Minha Cultura’ iniciou-se com um grande aplauso para a cultura
sergipana. O ato traduziu-se num mosaico de cores, sons, tons e falas,
uma verdadeira teia cultural com vários sentidos e um sonho coletivo:
produzir uma cultura que consiga ter na sua dimensão simbólica a força
para se dizer sergipana; que na dimensão econômica se transforme em
ferramenta para o desenvolvimento de Sergipe; e que na dimensão cidadã
funcione como indutora de inclusão social.
A secretária estadual de Cultura do Estado, Eloísa Galdino, disse que
o ato evidencia a cultura dentro do processo cultural. “Nesse ato nós
vamos entregar ao governador um documento construído coletivamente com
toda a comunidade cultural. Ele traduz todos os anseios de cada uma das
linguagens da cultura, e representa uma referência para uma política
cultural de Sergipe, demostra que sabemos de onde saímos e onde queremos
chegar”. Ou seja, os atores da cena cultura estão aqui para dizer que
votam 13, seguem em frente e que tem uma perspectiva de trabalho para a
próxima gestão do governador Déda”.
O governador se dirigiu aos artistas, que segundo ele representam “a
alma sergipana”, afirmando que pertence a uma geração de operários do
sonho. “Pertenço a uma geração de homens e mulheres que viveu num tempo
de censura e opressão. Portanto, nos abraçamos a um território a salvo
da ignorância do regime. Fizemos do sonho o laboratório da vida, nos
apoiamos nos braços da cultura. Foi ela que nos tangeu para além das
grades. Foi na cultura que aprendemos o nosso lugar no mundo e a cultura
em nós”.
E lembrou ainda: “Aprendemos muito cedo que a luta não era só pelo
salário, escola, saúde, comida, aprendemos cedo que a nossa gente queria
comida, diversão e arte. A cultura nos construiu uma identidade com
pluralidade. Aprendemos que o homem na amplitude da sua condição humana,
precisava da cultura para se sentir parte do povo com quem convivera.
Aprendemos que cultura era pertencimento. Somos herdeiros e responsáveis
pela continuidade do sentimento de pertencimento”.
Déda afirmou ainda que o ato ‘Minha Cultura’ não era um simples
encontro de apoiamento político. “Vocês se reuniram, pensaram,
formularam, resgataram a luta da cultura em Sergipe e produziram uma
proposta para o nosso governo. Ela representa um pacto entre vocês e o
nosso futuro governo. É a primeira vez que o setor cultural se articula,
dos Parafusos de Lagarto a Academia Cultural de Sergipe.”
O governador lembrou que os diversos ganhos que a cultura sergipana
vem registrando nos últimos anos como, por exemplo, o título de
patrimônio histórico de São Cristovão, representa que uma porta foi
aberta para o contributo sergipano para a formação dos valores culturais
universais.
Ao encerrar Déda afirmou que vai continuar democratizando o acesso ao
patrocínio cultural pelo Estado, abrir portas para os novos artistas e
viabilizar a interiorizar os equipamentos culturias. “É preciso voltar
ao interior, é preciso resgatar as salas de cultura, os pontos de
cultura, porque não há arte sem público. É preciso levar a arte e o
artista onde o povo está”.
Avaliou ainda que é necessário fazer ainda mais. “Nós não temos
dinheiro sobrando, temos que trabalhar com o dinheiro do povo com ações
estratégicas e responsabilidade. Temos que aproveitar a lógica do
mercado cultural, com ousadia, para garantir que todas as formas de
expressão recebam incentivos não como esmola mas, com regras dignas, que
estimulem a produção cultural”.
Irineu Fontes, músico, compositor e secretario de cultura do
município de Laranjeiras, presente ao ato afirmou que a cultura
necessita de cada vez mais de financiamento. “O comprometimento do
governador Marcelo Déda, um gestor comprometido com a área, é de
fundamental importância para todos os segmentos que fazem cultura no
Estado. Nós, artistas, temos que prestigiar esse ato quando Déda vai se
pronunciar, demonstrando o seu comprometimento com a cultura sergipana”.
A coordenadora da Central Única das Favelas (CUFA), Isabela Bispo,
veio ao evento acompanhada por vários artistas do Hip Hop para mostrar
que a chamada ‘cultura periférica’ apoia o ato. “Hoje estamos aqui para
dizer que o Hip Hop também faz parte da cultura sergipana e que estamos
envolvidos, no esforço, para fazer com que as políticas públicas
voltadas para a cultura atinjam todos os segmentos culturais do Estado”.
O grupo musical Naurêa, representado pelo vocalista Alex Santana,
também marcou presença no ‘Minha Cultura’ como forma de demonstrar o
apoio do grupo a gestão cultural de Marcelo Déda. “Esse ato, representa
que todos os artistas do Estado estão com Déda. Com certeza, ele será
reeleito e vai fazer com que a cultura do nosso Sergipe continue
seguindo em frente. Muita coisa já melhorou como a proximidade do
artista com a secretaria da cultura, a democratização do acesso aos
palcos através da realização de editais, o incentivo através do apoio
financeiro para a realização de espetáculos, enfim, esperamos que esse
processo tenha vida longa. A democratização da cultura é irreversível.
Agora a população exige que ela seja ampliada”.
O ator Orlando Vieira estava desde cedo no Iate, aguardando o início
do evento e afirmou a satisfação em prestigiar o ‘Minha Cultura’. ‘Hoje
vamos entregar ao nosso governador um documento muito importante para a
gestão cultural em nosso Estado. As reivindicações são muitas, e a
presença de Déda aqui só demonstra o interesse dele em atender os nossos
pedidos”.
Políticas públicas de Déda para a Cultura
Déda priorizou, como governador, a formação de políticas públicas
voltadas para a área. Foram realizados convênios com o governo federal,
via Ministério da Cultura, para a manutenção de institutos e patrimônios
históricos, modernização e construção de museus e praças. A melhor
forma de resgatar e fazer entender que um povo sem Cultura, no tom mais
literal da palavra, é um povo que simplesmente não existe.
Agora, o candidato Marcelo Déda apresenta em seu programa de governo
políticas culturais para as diversas linguagens da cultura: Audiovisual,
Artes Visuais, Arquivos e Museus, Circo, Culturas Populares, Culturas
Afrobrasileiras, Dança, Livro, Leitura e Literatura, Música, Patrimônio
Material e Imaterial, e Teatro.
Ao todo são cinco programas estratégicos para a área. O primeiro é
‘Conhecer para reconhecer’ voltado para a formação e intercâmbio
cultural que tem como objetivos: promover a formação e qualificação
profissional nas diversas linguagens artísticas e a formação de novas
plateias.
O segundo programa ‘Preservar para garantir’ busca garantir a
preservação cultural e patrimonial: valorizar, preservar, restaurar e
difundir o patrimônio cultural (material e imaterial) do Estado de
Sergipe, reconhecendo-o como vetor de desenvolvimento econômico,
inclusão social, integração cultural e construção da cidadania.
‘Valorizar para multiplicar’ é o terceiro programa voltado para a diversidade
e direitos culturais através da valorização da cultura local com os
seguintes objetivos: valorizar a diversidade cultural, promover ações e
eventos culturais com democratização, descentralização e valorização da
cultura local e garantir a acessibilidade dos cidadãos aos bens,
serviços e eventos culturais.
O quarto programa ‘Formatar para produzir’ é voltado para o
financiamento para a criação artística e cultural através dos elementos
da economia da cultura, tendo como resultados esperados: Dinamizar as
expressões artísticas e culturais através do apoio à sua criação,
produção e difusão, através da promoção de mecanismos de fomento às
diversas áreas de expressão da cultura e da articulação com outros
setores da economia e do turismo.
Por fim, o quinto programa ‘Democratizar para incluir’ visa à gestão
democrática da cultura tendo como objetivos: Modernizar e democratizar a
gestão cultural do Estado de Sergipe, implantando o Sistema Estadual de
Cultura, promovendo a participação dos diversos segmentos envolvidos
com a cultura do Estado otimizando os equipamentos culturais e
valorizando os servidores.
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